domingo, 8 de outubro de 2023

Á procura dos Veados









Desafiado por um amigo, o Adelino Silva, o mesmo que à uns anos me desafiou para irmos fotografar as Cabras Montesas ao Gerês, fomos tentar encontrar e fotografar Veados por perto de Rio de Onor, no Município de Bragança.


 Saímos cedo, 4 da manhã, não fomos com interesse turístico na zona habitacional,  que tem na sua aldeia o interesse maior, com visitantes em bom número por lá, tem os seus encantos e transporta-nos para outros tempos, mas apenas passamos e seguimos para a serra.

 Uma terra com montanha, com zonas de baixa vegetação, pinhais, terrenos mais húmidos ou lameiros encaixados nos vales, rica em biodiversidade e de muito interesse para quem gosta de desfrutar da natureza. Um local que chama para novas visitas. Tem acessos  razoáveis em estrada de terra batida ao interior das florestas ou com vistas mais desafogadas sobre a paisagem.

Chegamos vindos de Espanha, visto ser mais rápida a viagem saindo de Barcelos, encostada à aldeia de Rio de Onor está Rihonor de Castilla, uns dez kms antes e ainda de noite avistamos os primeiros Veados ou Corsos, não consegui identificar porque passaram dois a correr em frente ao carro e apenas nos surpreenderam com a sua passagem, a a partir dali, olhinhos abertos.

Já para cá e depois de passar-mos pela aldeia uns kms..., após uma primeira incursão por um caminho em terra batida, a dada altura passam á frente uma vara de javalis, mais de dez, talvez perto de 20, paramos e aguardamos a sua passagem, seguimos e entrando num pinhal, ouvimos os Veados, em duas zonas distintas e a umas centenas de metros, fizemos aí uma paragem e apercebo-me de javalis a passar o caminho novamente, deduzo que a mesma vara de javalis que vimos uns minutos antes. Fomos numa carrinha comercial e não era propriamente o melhor veiculo para descidas em terreno que não conhecíamos, voltamos ao alcatrão.

A dada altura ao fundo da rua vemos dois veados, uma mãe e a sua cria, e elas atravessaram, aproximamos-mos e reparamos que tinha mais mas estavam no meio da vegetação. O tamanho da vegetação é perfeito para eles se ocultarem, mesmo sendo uns animais com um porte razoável, desaparecem rapidamente.

Descemos mais um pouco pela estrada e apercebo-me de um veado macho que nos olhava, parado, numa zona mais aberta, atento, estava a alimentar-se e nesse momento percebi que eles dão conta da nossa presença muito mais cedo que nós a deles, permitiu algumas fotos e depois seguiu no sentido da restante manada, reparamos num pequeno pinheiro que tinha sofrido com as hastes, provavelmente do veado que tínhamos visto. Fotografar na primeira luz do dia, entre ter o elemento ao sol ou à sombra faz muita diferença.

Pela hora de mais sol, é difícil de os ver, o melhor é comer e encontrar uma sombra e esperar pelo final da tarde, depois aguardamos por um bom tempo junto a um terreno onde achamos que poderiam no final do dia surgir, visto ter indícios da sua presença, mas não fomos felizes e iniciamos o regresso. Voltamos seguindo em direção a Bragança e depois Barcelos.

O meu amigo, e espero que não se importe que diga, tem em frente da sua carrinha uma camara que faz gravação de vídeo continua, sempre que o veiculo está em movimento ou com o motor a trabalhar, grava. Gravou a passagem dos javalis, aguardo pela confirmação e identificação de outras imagens, sendo a mais importante para mim a de um Lobo, por vezes os olhos veem aquilo que sonhamos, e espero não me ter enganado quendo vi um Canídeo a atravessar a estrada à nossa frente a uns 100m, ainda a terminar a curva, não me pareceu uma raposa e a ideia de ter visto um lobo foi a que tive, espero que depois de ver as imagens num monitor maior se consiga tirar a dúvida, e que tenha gravado com qualidade suficiente ...


Foi um excelente dia na Natureza num local fantástico como muitos outros que temos neste nosso Portugal. Ficam as imagens que acompanham este texto.




 

domingo, 24 de janeiro de 2021


 Antes do Confinamento...

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Ostraceiro (Haematopus ostralegus)
Baiona, Galiza - Espanha

Uma ave peculiar na sua combinação de cores e comportamento, não vi muitas por cá, algumas de passagem, mas em Baiona com alguma frequência se avistam...

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Viagem para a lua

Não deve demorar muito a haver quem veja a lua mais de perto só em passeio...haja $$$$$

domingo, 21 de outubro de 2018


Cabra-montês (Capra pyrenaica)

Tinha desafiado um amigo em irmos tentar fotografar a Cabra-montês ao Gerês à uns 3 ou 4 anos, e não foi por falta de memória, pois ele lembrava-me dessa ideia todos os anos, mas por diversas razões ia adiando, este ano voltamos a falar nessa "expedição" e marquei um sábado para irmos, caso nada surgisse que nos impedisse íamos ao Gerês saber das Cabras.
  Não podíamos ir serra adentro sem saber onde anteriormente  tinham sido avistadas ou onde essa probabilidade seria maior, assim contactei três amigos que por lá já as viram e com mais frequência por lá andam.
  Tendo em conta que com equipamento, água e um reforço alimentar, teríamos que carregar algum peso, a ideia foi encontrar um percurso que fosse o mais curto possível, e mediante as informações que recebi dos meus amigos, procurei um trilho marcado com GPS que passasse perto dos locais mencionados, como no nosso caso o conhecimento do terreno era zero e não teríamos companhia de quem conhecesse aquela parte da serra, recorremos ao GPS.
   Cerca de 9km de percurso, nos primeiros 4km vimos muitos vestígios de animais (dejectos) e vegetação calcada, mas nem uma vaca vimos, já estava a pensar que ia ser uma volta só de caminhada, olhava com os binóculos  os formações rochosas que se erguiam em volta e nada, que linda é a paisagem do Gerês mas onde estão os bichos? perguntava ...
  O meu amigo tem também como hobby o Geocaching, e aproveitou para "fazer umas caches", o percurso era circular, e quando começamos a descer descubro as cabras no alto duma formação granítica num local impossível para o homem chegar sem meios e técnicas de montanhismo, foram feitas as primeiras imagens em contra luz e dando evidencia ao perfil dos animais na rocha, descemos mais uns 150 metros para tentar ver com a luz mais favorável, e nada de cabras, tinham desaparecido!, descobri então a uns 300 metros e do lado oposto ao que procurava-mos um rebanho com umas 30 a saltar pela encosta rochosa e em fila, um grupo de machos à frente seguidos de fêmeas e juvenis e no fim mais alguns machos..., estávamos longe e dada a velocidade a que se deslocavam nem valia a pena tentar uma aproximação directa, mesmo porque o rebanho mantinha um andamento constante, pela direcção que tomavam iriam passar por onde nós já tínhamos estado, voltamos a subir com a rapidez possível de quem levava uma mochila com algum peso às costas e deparamos com as primeiras a passar a uns 40 metros, repararam em nós e permitiram que a alguma distância as fotografasse-mos, umas mais afastadas outras mais próximas lá as acompanhamos por mais meia centena de metros, algumas resolveram subir para se sentirem mais seguras e olhavam de cima curiosas e de vez em quando ouvia-se um curioso sibilar que penso ser de alarme, outras deixavam-se fotografar mas sempre com as devidas distâncias, depois de algum tempo  pareciam saber que não éramos um perigo maior para elas e pararam a observar, fizemos alguns registos. 
   Continuamos a descida e deparamos com um grupo de Garranos a pastar, continuamos e voltamos ao ponto de partida, entretanto depois de mais um reforço alimentar, fomos para outras paragens e tivemos a sorte de passar perto de mais una manada de Garranos bem bonitos, que se afastaram a galope, à frente ia um mais escuro de bom e elegante porte, seria o garanhão  e chefe da manada.
  E assim foi a saída ao Gerês na companhia do Adelino Silva, ficou cumprida a intenção de fotografar a Cabra-montês.





  

   
   

quarta-feira, 15 de agosto de 2018